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Desenvolver inteligência emocional ajuda a lidar com pressão no trabalho
Saúde mental dos colaboradores deve estar entre as prioridades das organizações
Especializada em gestão de serviços de saúde para empresas, a AsQ promoveu um bate-papo com Cris Faria, presidente da seção de Florianópolis da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), e Brenda Giuriolo, administradora que trabalha como executive coach e com gestão de performance no Brasil e em Portugal. O AsQ Talks, que teve também a participação do CEO da empresa, André Machado, destacou a importância do ambiente saudável para o aumento da produtividade.
“Vivemos em tempos de muita pressa. Tudo precisa ‘ser para ontem’ e as entregas, perfeitas. Nós mesmos nos cobramos muito”, diz Machado. O resultado, acrescenta, é visível em pesquisas como a realizada pela International Stress Management Association (Isma-BR), que indicou que um em cada três brasileiros em idade ativa sofre com o chamado Burnout (síndrome de esgotamento profissional). “A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o burnout como doença ocupacional em 2019, o que acendeu o alerta nas empresas para questões como o excesso de pressão e metas inalcançáveis”, diz Brenda. As empresas possuem papel essencial no combate ao problema e precisam ouvir as pessoas, identificar fatores causadores de stress e criar programas de saúde que foquem em resolver tal situação.
Na busca por soluções, a empresa pode apoiar os colaboradores no desenvolvimento da “inteligência emocional” necessária para lidar melhor com a pressão. Cris Faria diz que as pessoas precisam saber identificar “gatilhos” causadores de tensão e encontrar a melhor atitude para encarar cada situação. “As pessoas criam senso de urgência e muitas vezes terceirizam a solução, esperando que outros as motivem. Mas a motivação é interna. A responsabilidade da organização é olhar para o bem-estar do colaborador, pois pessoas felizes trabalham mais e melhor. É necessário proporcionar ambiente de pertencimento para que as pessoas se engajem mais, trabalhem em clima agradável, produzam mais e voltem para casa tranquilas”, diz Cris Faria.
Machado destacou a importância do debate, transmitido ao vivo, como oportunidade para trocar experiências e construir modelos mais eficientes de apoio à saúde nas empresas, em conjunto com a própria empresa. “A saúde mental precisa ser debatida e é essencial que as organizações estejam atentas ao autocuidado e ao estímulo de hábitos saudáveis”.