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Líderes transformadores

O líder que se preocupa em construir uma relação de confiança deve sempre se desapegar do cargo que ocupa, sair do seu egocentrismo e criar condições para que toda a organização

Um Bugatti Veyron Super Sport, uma pista fantástica e que oferece excelentes condições para o piloto testar o potencial do esportivo.

Um Bugatti Veyron Super Sport, uma pista fantástica, mas um piloto sem nenhum preparo para explorar ao máximo o potencial do esportivo.

No mundo corporativo, podemos dizer que encontramos excelentes empresas (pistas fantásticas), excelentes colaboradores (superesportivos) e excelentes e preparados líderes (pilotos). Seria uma perfeita e equilibrada composição.

No entanto, por diversas vezes nos deparamos com esta situação. Uma grandiosa empresa que oferece excelentes condições de crescimento aos colaboradores, mas líderes despreparados para os cargos que ocupam. Um líder que não tem da sua equipe o melhor que ela pode oferecer, é como um piloto ruim conduzindo um superesportivo, pode ter a melhor pista, mas não alcançará o melhor resultado. E se a equipe alcança bons resultados e até bate as metas, não é pela sua influência ou sua inteligência estratégica, é que essa equipe, por não depender do líder, alcançaria por ela mesma. Por isso, a organização, além de investir em seus colaboradores, oferecer excelentes condições de trabalho, oportunidades de crescimento, precisa ter excelentes líderes, que não sejam egocêntricos, que tem como preocupação apenas a preservação dos cargos que ocupam. Menos ocupadores de cargos e mais liderança consciente.

Deixando de lado a brincadeira séria da comparação entre o mundo dos esportes e o mundo corporativo, sem medo nenhum de errar, posso dizer que o líder que se preocupa em construir uma relação de confiança, deve sempre se desapegar do cargo que ocupa, sair do seu egocentrismo e criar condições para que toda a organização, as pessoas que fazem parte dessa organização, busquem não só o seu bem-estar, mas que tenham uma consciência ecológica total. Considerar não apenas o próprio bem-estar, mas também o bem-estar de todos no processo de tomada de decisões.

Ninguém exerce liderança se não aprender a escutar seus liderados. Toda equipe precisa de um líder que a entenda, que a escute, que saiba de suas necessidades, das suas dificuldades e dos seus anseios. Para alcançar resultados, o líder precisa deixar a sala que ocupa e a cadeira que senta, para estar com sua equipe, na cadeira ao lado de seu liderado. Esta é a grande diferença entre aquele que ocupa um cargo daquele que exerce as funções que dá sentido ao cargo que ocupa.