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10 coisas que se você soubesse o fariam ter uma poupança maior

É impossível. Não funciona comigo. Não ganho o suficiente. São algumas das frases que um coach ouve durante a sua missão de conseguir fazer com que seus clientes sejam bem-sucedidos em um objetivo bastante comum: poupar dinheiro. Com mais de 10 anos

É impossível. Não funciona comigo. Não ganho o suficiente. São algumas das frases que um coach ouve durante a sua missão de conseguir fazer com que seus clientes sejam bem-sucedidos em um objetivo bastante comum: poupar dinheiro. Com mais de 10 anos de experiência, 2 mil coaches formados e uma equipe de diretores de um grande banco nacional em sua lista de clientes, Luiz Mattos, master coach da SBCoaching, preparou uma espécie de guia com noções básicas e bastante objetivas, que qualquer pessoa que tem interesse em administrar bem suas finanças deveria saber.

“O processo de coaching é completamente personalizado. Cada coachee (cliente) é único e tem pontos específicos a serem trabalhados, assim como objetivos diferentes. Portanto, estas dicas são, digamos, um conteúdo de base e apoio para o que se busca de forma mais individual, que pode ser alcançado em menos tempo e, de forma mais efetiva e assertiva, com o suporte de um coach”, explica Mattos.

No conteúdo, batizado de “Papo de Coach”, por ter um tom semelhante a uma conversa, a cada dica separadas em 3 grupos, o especialista coloca uma questão formulada a partir de ferramentas do coaching para fazer com que o leitor se projete para aquela situação em si, e reflita de que forma ele pode mudar ou apenas aprimorar seu comportamento e ações. “Como em um processo de coaching, procurei estimular o leitor à ação imediata”, explica. “O agir, junto com a ampliação da percepção, entendimento, consciência, é que conduzem ao resultado almejado. Este é o trabalho que um bom coach profissional deve desempenhar, com o cuidado de jamais dizer ao seu cliente o que ele deve fazer ou pensar”.

GRUPO 1 – Dicas com base em organização e análise
Dica 1 – Levantamento e foco de redução
Faça uma análise de todas as áreas em que há algum tipo de gasto ou despesa, apenas para elevar seu nível de consciência quanto aos valores gastos, exemplo: Estudos, Alimentação (básica), Transportes, custos Fixos (água, luz, moradia, etc), Diversão e Hobbies, Qualidade de Vida (esportes, tratamentos), Relacionamentos (jantares e passeios) etc.
A pergunta de Coach: Qual dessas áreas que, se eu me empenhar em economizar, irá impactar positivamente, de forma muito significante, em um maior número de outras áreas?

Dica 2 – Matemática: 2 – 5 = 3 negativo
Todo mundo sabe, mas todos que têm algum problema na área das finanças não fazem: gastar menos que ganha!
A pergunta de Coach: Qual a razão que te faz gastar mais? Há um orçamento periódico (semana, quinzena, mês)? E se há esse orçamento, o que tem mantido o gasto acima do ganho?

Dica 3 – Periodicidade: mês, quinzena, semana
Tenha um orçamento no mesmo prazo dos seus recebimentos, exemplo: se recebe por mês, tenha um orçamento mensal com todos os valores fixos (luz, água, telefone, supermercado, etc) e, então, fatie esse orçamento em períodos menores (quinzena ou até semana) com os gastos variáveis. Isso lhe permitirá controlar melhor os gastos dentro do orçamento. Nesses períodos menores,
A pergunta de Coach: Há necessidade ou “urgência” de eu consumir ou gastar com isso agora? Posso deixar para o próximo período (menor: algo como a próxima semana) e, assim conseguir cumprir com o orçamento mensal?

GRUPO 2 – Dicas com base em autoconhecimento e estratégia
Dica 4 – Forças e fraquezas
Faça sempre uma análise das forças (pensamentos ou ações) que contribuem para que você consiga poupar ou guardar um pouco de dinheiro e das forças contrárias (pensamentos ou ações) que impedem você de economizar, concentrando-se:

a) Maximizar as forças que contribuem;
b) Minimizar as forças que atrapalham.
Tenha estratégias para controlar seus gastos e, caso seja possível, faça um plano de investimentos.

Dica 5 – Gastos e emoções
Controle suas emoções. Entenda que toda venda (ou compra) tem um ato emocional envolvido, por isso, busque sempre agir racionalmente. Por exemplo, sempre que for ao supermercado, vá com uma lista de itens necessários. Ao ir a um passeio com a família, procure combinar com todos os envolvidos o que farão antes.

Ao entender que toda compra está em um aspecto “emocional”, nunca compre por impulso. Sempre que a necessidade da compra vier, deixe-a para o próximo dia,da semana ou até mesmo para o próximo mês. Entenda que as variáveis mercadológicas (gatilhos mentais) farão com que você tome a decisão pela emoção e nunca pela razão, por exemplo: “Está acabando”; “Só hoje”; “Promoção”, etc.

Dica 6 – Motivadores e Sabotadores por Dor e Prazer
Procure descobrir quais são seus motivadores e sabotadores, por dor e prazer.

a) Motivador pela dor: Se você não conseguir o equilíbrio ou a estabilidade financeira, quais serão as consequências? Quem será prejudicado? Quais necessidades não serão satisfeitas para você, para as pessoas que dependem de você? A longo prazo (10 ou 15 anos) como se vê, caso não mude de pensamento ou comportamento AGORA?
b) Motivador por prazer: Imagine agora, como seria sua vida e a daqueles que dependem de você com o equilíbrio ou estabilidade financeira que deseja. Visualize-se contemplando suas necessidades e as de seus filhos, pais, familiares. Caso tenha como valor contribuir, imagine-se contribuindo para com outras pessoas ou grupos sociais, em função de sua independência e equilíbrio financeiro.
c) Sabotador de prazer: São os pensamentos que lhe tiram do foco. Esse item merece todo cuidado e consciência, pois é o maior responsável pelo fracasso e desequilíbrio financeiro.

São pensamentos do tipo:

1. a. Mês que vem eu começo;
2. b. Só hoje, só mais um;
3. c. Estou precisando disso;
4. d. Não sei fazer um orçamento, não tenho essa formação;
5. e. Não consigo controlar meus gastos;
6. f. Não tenho tempo para fazer uma planilha de gastos.
d) Sabotador de dor: Não basta conseguir o que deseja no presente, é necessário manter suas conquistas. Então, reflita (e elimine!) sobre os pensamentos que lhe tirariam do foco, por exemplo:

1. a. Eu consegui, agora só curtir…;
2. b. “Eu sou o cara”, não me preocupo, se der problema, eu consigo de novo;
3. c. Está tudo sob controle, na hora que quiser eu volto ao foco.

GRUPO 3 – Dicas com base em planejamento e atitude
Dica 7 – Objetivo
Tenha sempre em mente o que QUER em suas finanças, com o pensamento sempre de forma positiva, exemplo: “Quero manter meu saldo bancário sempre positivo”; “Quero gastar menos que ganho”; “Quero economizar para poder …” e NUNCA de forma negativa, exemplo: “Não quero mais ficar no vermelho em minhas contas”; “Não quero gastar mais que ganho”, “Não consigo economizar para …”.

Tendo em mente o que quer, considere:

a) Motivação: A razão ou significado pela qual quer isso? Quais valores seus serão contemplados? Por que isso realmente é importante para você?
b) Responsabilidade: Assuma a responsabilidade. Não fique terceirizando as suas ações; nunca se faça de vítima e sim de protagonista, de alguém que tem o controle nas mãos.
c) Comprometimento: Comprometa-se com aquilo que quer. Enxergue a longo prazo os resultados, dedique esforços, “abrindo mão” de algum prazer imediato, em função de um propósito maior.

Dica 8 – Programação das sentenças contrárias
Procure entender os pensamentos que lhe atrapalham a ter uma vida equilibrada e financeiramente estável – àqueles que herdou de sua família ou adquiriu do meio social onde faz parte. Assim que os identificar, elabore – e mantenha diariamente em sua cabeça -, sentenças contrárias a esses pensamentos, por exemplo:
Pensamento desfavorável: “Nunca serei bem-sucedido, pois sou muito desorganizado e não consigo ter foco”
Sentença contrária: “Serei bem-sucedido, pois posso buscar o conhecimento e obter a habilidade necessária para ajustar meu foco”

Dica 9 – Plano de ação com cronograma, metas e indicadores
Crie um plano de ação na linha do tempo, com metas e indicadores mensuráveis (curto e médio prazo) e um objetivo inspirador (longo prazo), lembrando-se sempre que suas metas têm de ser SMART:

S Específicas: O que; como; quando; por quem, etc.
M Mensuráveis: não subjetivas, com indicadores de valor.
A Atingíveis: não minta para si mesmo, metas inatingíveis são desmotivadoras.
R Relevantes: Quais os valores serão contemplados ao atingir essa meta?
T Temporais: Dentro de uma fração de tempo (dia, semana, quinzena, mês).

Dica 10 – A dica de ouro = autoeficácia
Autoeficácia é uma competência que diferencia qualquer pessoa. É a confiança que ela tem em ser capaz de realizar o que determinou com objetivo, sonho ou qualquer outra expressão que signifique uma meta a ser atingida. Não é exibicionismo. É confiança na capacidade de aplicar foco, dedicação, trabalho, conhecimento, buscar conhecimento, perseverança e insistir, mesmo com alguma adversidade.

Nota do coach: espero poder contribuir com várias pessoas com estas dicas. Para encerrar, deixo o recado: se possível, contrate um coach para lhe dar suporte com um processo individualizado. Se for um formado pela SBCoaching (Sociedade Brasileira de Coaching®), ele saberá bem de tudo o que abordei.