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Dicas para empreender em 2017

Dica número #3: invista em soluções que, de fato, mudem a vida das pessoas

O novo ano está chegando e com ele a expectativa de uma economia estabilizada e um ambiente favorável para empreender. Pensando nisso, reunimos dicas de negócios, de sete empreendedores de diversos setores para o ano que está por vir.

1. Entenda o seu mercado

A crise fez com que os brasileiros consumissem de forma mais consciente, especialmente os itens não essenciais. Consequentemente, o consumidor ficou mais atentos às promoções como forma de manter os hábitos de de lazer e entretenimento, apesar do cenário macroeconômico adverso. Acredito que a crise econômica e política do Brasil durará ainda um tempo, mas o mercado de tecnologia tem caminhado de forma descolada da economia, mostrando importantes taxas de crescimento mesmo durante a crise. Todas as vezes que as crises surgem, há também oportunidades de negócio. Com a alta do dólar, a importação se torna uma opção mais cara, então há mais oportunidade para negócios nacionais. Mas, antes de tudo, entenda o seu mercado, diz Alex Tabor, CEO do Peixe Urbano.

2. Aproveite o “despertar” do mercado para empreender

De acordo com Tomas O’Farrell, co-fundador da Workana, plataforma de trabalho freelance que possui atuação em toda a América Latina, 2016 foi bastante impactado pelo cenário de crise, principalmente na área de investimentos, já que muitas empresas ficaram mais cautelosas e decidiram esperar as movimentações do mercado para voltarem a investir em novos negócios. Porém, segundo o executivo, o mercado já está começando a “despertar-se” da crise e ser mais ativo, o que vai impulsionar o crescimento de novas iniciativas e investimentos. Dessa forma, segundo O’Farrell, esse é um bom momento tirar sua ideia do papel.

3. Invista em soluções que, de fato, mudem a vida das pessoas

Rafael Heringer, co-fundador do Jurídico Certo, aponta que momentos de crise sempre são uma grande oportunidade para que empreendedores foquem em mercados carentes e em soluções que possam resolver problemas relevantes. O executivo ainda aponta que, em 2017, o mercado irá se comportar completamente diferente do ano de 2016, principalmente com o crescimento do índice de confiança. “Isso indica que vamos ter mais pessoas comprando e consumindo, além de mais empresas investindo, o que é um ótimo momento para quem busca empreender”, comenta Heringer.

4. Invista a longo prazo

O Zarpo, agência de viagens online focado na experiência de compra do usuário, continuará focado em desenvolver sua proposta no mercado, oferecendo uma seleção de viagens de grande qualidade com os menores preços disponíveis, assim como um atendimento especializado. “O mercado continua tendo muitas oportunidades de inovar para quem está bem estruturado e tem algum diferencial dos outros players’’, confirma Alexis Manach, co-CEO e co-fundador da startup. Para o empreendedor, a chave do sucesso está no investimento em um time forte e consolidado, além das vantagens competitivas de longo prazo. Ao investir em longo prazo, mesmo durante a crise, a empresa se tornará ainda mais forte quando o mercado voltar a melhorar.

5. Marketing é sinônimo de ROI

Para Anna Lebedeva, PR Manager Global de SEMrush, a crise influenciou o marketing digital em termos de ROI (retorno sobre o investimento) sobre o marketing em geral. “As empresas querem ter certeza de que o dinheiro que gastam com marketing traz alguns resultados mensuráveis que podem legitimar o valor gasto. É por isso que a demanda por ferramentas que podem medir todo o tipo de sucesso on-line está aumentando significativamente. Acredito que há muitas coisas relativamente novas recebendo mais atenção: 1) o streaming de vídeo ao vivo irá deslanchar conforme os usuários de mídia social exigirem mais conteúdo em tempo real. 2) Realidade Aumentada e Virtual vão mudar a forma como os marketeiros podem se envolver com os clientes e conduzir experiências para além do que é possível hoje. 3) As empresas precisarão descobrir o que um cliente quer exatamente e entregar a comunicação da maneira mais adequada para cada indivíduo numa abordagem pessoal”, conclui Anna.

6. Menos é mais

Na opinião do especialista em finanças e fundador do Kitado - plataforma gratuita e online de negociação de dívidas -, Paulo de Tarso, a crise econômica gerou incertezas e impactou negativamente em quase todos os mercados, o que refletiu na redução de investimentos e redução de custos por parte do empresariado. Por isso, na visão do especialista, é importante apostar em negócios que resolvam problemas reais, certificando que existe um público-alvo relevante e que os custos sejam adequados para as receitas esperadas. “Estamos vivenciando uma crise financeira, por isso, a minha sugestão é cuidar especialmente com a capacidade de investimentos, buscando ter capital adicional para ter fôlego e prevenir-se de problemas inesperados”.

O especialista também sugere focar na eficiência de custos para tornar o negócio viável, mesmo em momentos de crise, e que os empreendedores foquem na execução, definindo o plano anual, concentrando-se a executá-lo com excelência e disciplina. “Busque sempre se diferenciar a partir de uma proposta de valor que resolva problemas reais, ou seja, inove, inove e inove”, diz o empresário.

7. Novas ideias

Para o diretor de produtos e sócio-fundador da Alura, Paulo Silveira, tanto o mercado convencional quanto o digital sofreram com a retração de 2016. “Tecnologia e educação são dois mercados onde a crise costuma atingir por último, e este ano vimos isso acontecer”, diz. Para o empresário, a dica para o próximo ano é focar em um budget factível, evitando a possibilidade de sangrar a empresa por muito tempo. “Faça testes rápidos e baratos, pivotando caso não dê certo. Agora se faz ainda mais essencial essa matemática”, explica.

Além disso, Silveira aconselha a não faltar implementações de ideias novas. “Nós, da Alura, devemos lançar dois novos produtos no decorrer do ano. É necessário aproveitar a chamada crise para se posicionar em novos mercados, na esperança de que, quando houver a melhora, já estaremos bem posicionado”, explica.