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Estudo traça perfil da geração Z, os nascidos nos anos 90
Eles gostam de promover atividades voluntárias, realizar atividades extracurriculares e ter algum tipo de domínio do idioma inglês ou espanhol.
Eles gostam de promover atividades voluntárias, realizar atividades extracurriculares e ter algum tipo de domínio do idioma inglês ou espanhol. É o que revela levantamento realizado pela Page Talent (unidade de negócios da Page Personnel dedicada ao recrutamento de estagiários e trainees) sobre a geração Z (nascidos a partir da década de 90).
“Os jovens hoje procuram ir além do que o universo acadêmico oferece. Essa procura constante por novidades e pelo conhecimento mostra um perfil diferente dessa geração em relação às outras. Eles são mais independentes, empreendedores, curiosos e participativos. São características deles. Querem fazer parte do processo de transformação do mundo e não serem apenas parte do todo”, analisa Manoela Costa, gerente-executiva da Page Talent.
A Page Talent consultou jovens de 17 a 26 anos entre junho e setembro deste ano, contando com a participação de 3864 respondentes em todo o País. A maioria da amostra é composta pelo sexo feminino (53%) e por estudantes/ graduados dos cursos de Biológicas (6,1%), Humanas (40,5%) e Exatas (51,1%).
O levantamento mostra que 64% dos participantes faz ou já fez trabalho voluntário. Outro dado que comprova o ativismo dessa geração é o engajamento com trabalhos fora do ambiente escolar: 60% informaram que realizam atividades extracurriculares.
“Essa participação constante dessa geração é algo que ajuda, e muito, nos processos de seleção. São indicadores que pesam na hora da escolha de um candidato. Mostra que a pessoa com essas características gosta de desafios e não se limita a uma única atividade ou função”, explica a executiva.
Idiomas e outros cursos no radar da geração Z
Outro ponto de destaque no estudo refere-se à proficiência de uma segunda língua. A pesquisa mostra que nove em cada dez jovens tem algum tipo de domínio do idioma inglês: básico (21%), intermediário (24%), avançado (29%) e fluente (19%).
A língua espanhola é outra que aparece com bastante relevância no levantamento. Da base consultada, 44% disseram ter o domínio básico do idioma. Para 16%, o conhecimento é intermediário. Consideraram-se avançados em espanhol 5% e, para 3%, fluentes.
“Essa geração já nasceu conectada e com muito mais acesso à informação. É natural dela ler, ouvir e interagir em outro idioma. Esse contato mais frequente com outra língua vai construindo uma identidade com esse jovem e ajudando ativamente no processo de educação”, conta Manoela.
A graduação passa longe de ser a única formação acadêmica pretendida pelos jovens. De acordo com o levantamento, 41% pretendem cursar pós-graduação. Para 23%, frequentar um curso de MBA é o objetivo. Mestrado e cursos de especialização são desejos de 13%. Outra graduação foi a resposta de 8% e apenas 1% não pretende continuar estudando.