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Economia em queda livre?
Pela oitava vez consecutiva, economistas de instituições financeiras revisaram para baixo a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano: de 1,05% na semana passada, para 0,97% agora, revela a pesquisa Focus do Banco Central.
Pela oitava vez consecutiva, economistas de instituições financeiras revisaram para baixo a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano: de 1,05% na semana passada, para 0,97% agora, revela a pesquisa Focus do Banco Central.
Ao mesmo tempo, melhoram ligeiramente a perspectiva para a inflação e preservam o cenário para a política monetária após o Banco Central ter mantido em 11% o patamar do juro básico na semana passada, mas deixando as portas abertas para mudanças.
O pessimismo quanto ao PIB se deve ao fato dos economistas terem enxergado novos sinais de fraqueza na economia. As expectativas de que a atividade deve ter recuado no segundo trimestre aumentaram na semana passada com a queda de 0,18%, no mês de maio, do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do PIB.
Um dos maiores pesos sobre a economia é a indústria, e na Focus os agentes econômicos voltaram a piorar sua projeção, vendo agora uma contração da atividade de 1,15%, ante queda de 0,9% na semana anterior.
Para o próximo ano, a projeção para o crescimento do PIB foi mantida 1,5%, enquanto a estimativa de crescimento da indústria caiu a 1,7%, frente a 1,8%.
Preços – No capítulo da inflação, a pesquisa Focus reduziram a projeção para o IPCA, afastando-a um pouco do teto da meta do governo, que é de 4,5% com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. A estimativa para a inflação oficial em 2014 passou agora a 6,44%, contra 6,48% anteriormente.
Depois de o IPCA ter estourado o teto em junho com 6,52% em 12 meses, o mercado aguarda a divulgação, hoje, do IPCA-15 de julho. Para 2015, a projeção para o IPCA foi elevada a 6,12%, contra 6,1% da semana passada.
Entretanto, o Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, continua vendo estouro da meta este ano, mantendo o IPCA em 6,51%.
Para a política monetária, não houve alterações na perspectiva de que a Selic encerrará o ano no atual patamar de 11%, depois de o BC ter decidido manter a taxa básica de juros nesse nível pela segunda vez seguida.
Diante da atividade fraca e da inflação elevada, o Comitê de Política Monetária (Copom) deixou as portas abertas para eventual mudança na política monetária, e os olhos agora se voltam para a ata da reunião, a ser divulgada na próxima quinta-feira.
Por enquanto, os economistas continuam vendo que novo ciclo de aperto monetário só começará em janeiro de 2015, com alta de 0,25 ponto percentual, sem alteração sobre a semana anterior, segundo a Focus.