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Banco Central mantém a taxa oficial de juros em 11% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne a cada 45 dias para definir o rumo da taxa, comunicou que tomou a decisão "após avaliar a evolução do cenário econômico e as perspectivas para a inflação".

O Banco Central manteve nesta quarta-feira a taxa básica de juros Selic em 11% após nove altas consecutivas, em uma decisão unânime que era esperada pelos analistas de mercado.

O Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne a cada 45 dias para definir o rumo da taxa, comunicou que tomou a decisão "após avaliar a evolução do cenário econômico e as perspectivas para a inflação".

Os preços moderaram sua tendência de alta em abril, quando a inflação no país foi de 0,67%, a menor taxa nos últimos três meses.

A meta para a inflação no Brasil é de 4,5% ao ano, com uma margem de dois pontos percentuais, o que permite um máximo de 6,5%.

O governo prevê que o país feche o ano com uma inflação de 5,6%, contra 5,91% com a qual terminou 2013 e a de 6,47% estimada pelos analistas do mercado financeiro para este ano.

Em abril do ano passado, o Banco Central começou o ciclo de altas da taxa básica de juros com um aumento de 0,25%, após quase dois anos sem subir e após ter chegado em outubro de 2012 ao mínimo histórico de 7,25%.

Após 13 meses, esta é a primeira vez que a autoridade monetária decide não subir a taxa de juros.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) afirmou que a manutenção da Selic em 11% será prejudicial "para a retomada das atividades".

"A manutenção da taxa de juros em patamar tão elevado diante de uma economia em desaceleração e um crescimento anêmico mostra como a política monetária está descolada da realidade do Brasil. Não basta interromper o ciclo de alta de juros, é necessário reduzi-los", afirmou em comunicado o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Por sua parte, a Força Sindical considerou em nota que o Banco Central "tomou uma decisão equivocada".

"Esta nefasta medida, que mantém a taxa de juros em patamares proibitivos, prejudica a classe trabalhadora. Fica evidente a opção da equipe econômica do atual governo de continuar privilegiando os especuladores, deixando em segundo plano a produção e a geração de empregos", critica a nota. EFE