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De que trabalhador estamos falando em 2023?
Ano após ano, novas vagas e oportunidades surgem no mundo do trabalho e, em razão das novas tecnologias e demandas do mercado, já estamos vendo hoje quais são os "empregos do futuro"
Ano após ano, novas vagas e oportunidades surgem no mundo do trabalho e, em razão das novas tecnologias e demandas do mercado, já estamos vendo hoje quais são os "empregos do futuro". Com essas mudanças, à medida que a tecnologia avança, os perfis profissionais e suas necessidades também evoluem.
Eu me pergunto o que o trabalhador de hoje tem em comum com o trabalhador de apenas quatro anos atrás, antes da pandemia. E a verdade é que não tem muito. Os ambientes de trabalho mudaram, até mesmo a arquitetura dos espaços de trabalho mudou. Há novos estímulos, ferramentas e prioridades. As pessoas estão adotando novas formas de desenvolver seus conhecimentos e, com isso, redefinindo como irão desenhar suas carreiras profissionais e o que esperam de uma proposta de trabalho.
Vejo empresas lutando todos os dias para encontrar a melhor dinâmica de trabalho: modelo presencial no escritório, híbrido, 100% remoto, regido por regras, entre outros, Observo algumas querendo voltar a esquemas do passado, talvez, com receio de alterar uma dinâmica consolidada que já funcionou anteriormente. No entanto, em muitos casos, o que está sendo perdido de vista é o que o talento quer hoje, como ele quer trabalhar, quais são suas necessidades.
Embora a fórmula do sucesso não seja rígida e cada empresa deve encontrar o mix certo que lhe permita operar de forma eficiente, é inevitável considerar que existe um novo paradigma: o trabalho agora é considerado uma ação e não um lugar. A flexibilidade se tornou a principal moeda de troca e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional nunca teve tanto destaque.
As empresas que irão atrair os melhores talentos serão aquelas que tiverem essa clareza e foco em resultados. Para isso, é necessário estabelecer uma relação forte baseada na confiança, outra das principais necessidades dos profissionais atualmente. Quanto maior a necessidade de controle, maior a dificuldade em reter e atrair.
Estamos falando de trabalhadores que sabem que estão a apenas um clique de qualquer oportunidade no mundo. Isso faz com que retê-los seja um desafio ainda maior. Eles sabem que suas habilidades são valorizadas acima de onde estão vivendo. Muitas empresas já entenderam isso e foram incentivadas a pensar em uma força de trabalho única e global, o que promoveu uma maior luta pelos candidatos mais qualificados e abriu um leque de oportunidades para esses profissionais.
Somos testemunhas de uma evolução sem precedentes nas formas de produzir valor. Temos o desafio de desenhar novas fórmulas, tanto no âmbito corporativo quanto no Estado, que nos permitam oferecer às pessoas melhores oportunidades de desenvolver seus talentos e agregar valor às economias dos países em que vivem. Graças à tecnologia, as organizações hoje já têm o que é preciso para trabalhar com os melhores profissionais do mundo. Trata-se de entender esse trabalhador do presente e se incentivar a inovar.
*Cristiano Soares é o Country Manager da Deel no Brasil