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A Disrupção como Estratégia na Era da Incerteza

Recentemente, em uma conversa com um amigo, discutimos sobre a crise que está se desenhando em 2023

Autor: João Fernando SaddockFonte: 0 autor

Recentemente, em uma conversa com um amigo, discutimos sobre a crise que está se desenhando em 2023. Decidi escrever sobre o assunto e estabelecer um paralelo com a crise do subprime e outros momentos históricos, mas enquanto não consigo concluir o texto sobre a crise, resolvi escrever sobre um tema que me é familiar: a disrupção.

Como amante do marketing e da comunicação, acredito que podemos auxiliar as empresas a atravessar a tormenta que se aproxima. Durante minhas pesquisas sobre o tema da crise, lembrei-me dos livros de Jean Marie Dru que li durante a faculdade, e como a disrupção pode ser útil nesse processo de reinvenção para superar crises.

A disrupção no marketing é uma estratégia que consiste em oferecer algo novo e atraente para os consumidores, mudando a forma como as empresas se comunicam com eles. Em um mercado cada vez mais competitivo, as empresas buscam formas de se destacar da concorrência e atrair a atenção do público. Como afirma Jean-Marie Dru em seu livro "Disruption: Overturning Conventions and Shaking Up the Marketplace", a disrupção é uma forma de quebrar as regras do jogo e mudar a forma como as coisas são feitas.

Um dos principais prós da disrupção no marketing é que ela pode gerar grandes mudanças no mercado. Empresas como a Apple e a Uber revolucionaram seus setores com produtos e serviços disruptivos, mudando a forma como as pessoas consomem e interagem com as marcas. De acordo com uma pesquisa da Bain & Company, empresas que implementam a disrupção de forma estratégica têm um crescimento três vezes maior do que as demais empresas do mercado.

No entanto, a disrupção também tem seus contras. Quando a empresa tenta ser disruptiva sem uma estratégia clara ou sem entender seu público-alvo, pode ser interpretada como um comportamento negativo ou arrogante. Como explica Scott D. Anthony em seu livro "The Little Black Book of Innovation", a disrupção pode ser vista como uma forma de se destacar da concorrência, mas deve ser aplicada com cuidado para evitar o efeito contrário.

De acordo com um estudo da Edelman, 47% dos consumidores consideram que as empresas são disruptivas apenas para chamar a atenção e 51% dos entrevistados afirmam que a disrupção pode ter um efeito negativo na reputação da empresa. Para lidar com a questão da disrupção no marketing, é necessário levar em consideração o público-alvo. A disrupção deve ser uma estratégia pensada e aplicada com cuidado, para que não seja interpretada de forma negativa pelo público. É importante que a empresa entenda as necessidades e expectativas do seu público-alvo e ofereça algo novo e atraente, sem perder a identidade da marca.

Outra sugestão para lidar com a questão da disrupção no marketing é investir em inovação constante e oferecer produtos e serviços que estejam em linha com as necessidades e desejos do público-alvo. Como afirma Jean-Marie Dru em sua obra, a disrupção é apenas um meio para um fim e não uma solução única e definitiva para os desafios do marketing. As empresas precisam investir em inovação constante, oferecendo produtos e serviços que atendam às necessidades e expectativas do público, sem perder a identidade da marca.

Além disso, é importante que a empresa esteja preparada para lidar com as mudanças que a disrupção pode trazer. Como afirma Clayton Christensen em seu livro "The Innovator's Dilemma", empresas estabelecidas muitas vezes têm dificuldade em lidar com a disrupção, pois suas estruturas são rígidas e não permitem mudanças rápidas. Portanto, é necessário que a empresa esteja disposta a mudar sua forma de pensar e trabalhar, para se adaptar às mudanças do mercado.

Com a pandemia da COVID-19 e outras mudanças significativas que estão ocorrendo na economia global, estamos vivendo em uma era de incerteza sem precedentes. Nesse contexto, a disrupção pode ser uma ferramenta poderosa para as empresas se reinventarem e se adaptarem às mudanças do mercado. De acordo com o livro de Christensen, já citado anteriormente, as empresas que desejam prosperar em um ambiente de incerteza precisam ser capazes de se adaptar rapidamente e inovar constantemente. A disrupção pode ajudar as empresas a quebrar as regras do jogo e mudar a forma como as coisas são feitas, criando uma vantagem competitiva no mercado em constante mudança.

Porém, a era da incerteza também pode tornar a aplicação da disrupção no marketing um desafio ainda maior. Com a volatilidade do mercado e a mudança constante nas preferências e necessidades do público-alvo, é necessário que a empresa esteja preparada para mudanças rápidas e imprevisíveis. A disrupção pode ser uma ferramenta para se adaptar a essa realidade em constante mudança, mas deve ser aplicada com cuidado e estratégia para evitar consequências negativas para a empresa.

Portanto, a disrupção no marketing pode ser uma ferramenta poderosa para as empresas em tempos de incerteza, mas é necessário aplicá-la com cuidado e estratégia, levando em consideração as necessidades e expectativas do público-alvo e a volatilidade do mercado. Com uma estratégia bem planejada e uma abordagem de inovação constante, a disrupção pode ser uma ferramenta valiosa para criar uma vantagem competitiva e se destacar no mercado em constante mudança.

*João Fernando Saddock é um apaixonado por inovação e Growth Hacking, com vasta experiência em marketing, implementação e avaliação de estratégias de marca e comunicação de alta performance. Trabalhando com uma ampla variedade de clientes internacionais em empresas renomadas como Bedouin CC, Publicis, Leo Burnett, CCZ e Competence, gerou valor para marcas como Heineken, General Motors/Chevrolet, Carrefour, Fiat, Samsung, Kellogg's, Disney, Volkswagen, KiCofee, Fly Emirates, entre outras.

Recentemente, o especialista deixou sua posição de Head de Marketing na Zharta.io, uma empresa de empréstimo de criptoativos com sede em Portugal que utiliza NFTs como colateral, para se tornar Marketing Manager na divisão de educação da H-Farm, hub de educação internacional, inovação e empreendedorismo que apoia startups em diversos setores, localizada na Itália. Para mais informações, acesse https://www.linkedin.com/in/jsaddock/?locale=en_US