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Empreendedorismo no serviço público é chave para inovação
Flexibilidade e inovação, aplicados às necessidades por melhorias no serviço público, são o caminho para superação de problemas estruturais
Imagine um mercado com milhões de clientes que demandam por seus serviços diariamente. Imagine também que você possui as ferramentas para atender essas demandas, porém acaba esbarrando em burocracias, falta de efetividade, entre outras deficiências. O setor público brasileiro é essa entidade, que, apesar de ser um enorme provedor e regulador de serviços básicos e caros a toda a população, tais como, saúde, educação, segurança, saneamento básico, entre outros, muitas vezes, se vê limitado a algumas dificuldades impostas pela própria rigidez do sistema. Afinal, embora possa contar com muitos recursos financeiros, também pode se ver prejudicado por interesses políticos divergentes, falta de legislações propositivas, falta de inovação e também falta de incentivos aos servidores que exercem suas funções diariamente. É na onda dessa necessidade de melhoria na prestação desses serviços tão fundamentais que uma prática do mundo corporativo tem se aderido ao setor público: o empreendedorismo.
Quando pensamos em empreendedorismo, pode ser que nos venha à mente a figura da pessoa ou corporação disposta a correr riscos, criativa, proativa e direcionada para um fim, seja o lucro ou o crescimento de uma marca por exemplo. No setor público, embora não movido pelo lucro, o empreendedorismo também enxerga uma meta, que deve ser a satisfação do cidadão. Juntando esses dois mundos, ou seja, o empreendedorismo privado e a finalidade do setor público, abre-se um leque de possibilidades de um trabalho conjunto e muito fértil. Isso porque a flexibilidade que o setor privado oferece pode ser muito mais impactante quando aplicada em um nível estrutural mais alto, que é justamente o nível da máquina pública.
Aliado às melhores práticas do mercado, tais como indicadores de desempenho, busca por inovação, mecanismos de gestão e pensamento estratégico, para citar algumas, há um grande terreno para melhorias nos serviços, que geralmente sofrem com práticas muito afastadas do empreendedorismo, refletindo em hábitos antiquados ou que parecem ter mesmo parado no tempo. Cabe ao poder público também enxergar essas fraquezas e abrir editais ou mesmo parcerias público-privados, conhecidos como PPPs, para satisfazer essas demandas da população. O empreendedorismo social também pode entregar grandes resultados, ajudando a resolver questões muito pertinentes à população, principalmente de baixa renda.
Quem deseja empreender em conjunto com o serviço público deve ter, em primeiro lugar, o desejo de atender serviços tão caros à população. O impacto social é muito significativo, devido à dimensão do mercado, ainda mais quando levamos em conta o tamanho do Brasil. O meio de entrar nesse mercado tão promissor deve ser por meio de participação em licitações e convênios. Se por um lado a burocracia pode parecer um pouco assustadora, por outro, ela é a garantia de que todos os trâmites ocorrerão de acordo com a lei. Além disso, trabalho é o que não falta. Logo, o empreendedorismo no serviço público vem na esteira da inovação, para além das maneiras tradicionais de servir ao interesse comum, como já ocorre com os concursos, como os concursos RS.